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Para quem sente urgência em descobrir coisas novas, diferentes, sempre em mutação e num constante despertar da sensibilidade, os Alla Polacca poderão ser uma referência. Pelo menos o seu percurso assim o indica. Desde os primeiros passos que deram, enquanto banda e até ao presente, têm explorado várias formas musicais e conceitos nas suas edições discográficas. O paisagístico e quase melodramático split-cd "Old & Alla", a meias com Old Jerusalem; o fantástico Ep "Not The White P?", onde o piano assume destaque e abraça um experimentalismo clássico inesperado; e o duplo split-cd "Why Not You?", dividido com os Stowaways, e marcado por uma exploração do rock nos seus tentáculos mais alternativos, são um exemplo dessa diversidade eclética que os tem acompanhado desde o início e tanto agrada a quem procura na música novidade. Mas a sua capacidade de surpreender não se fica por aqui. Ao vivo ganham outra dimensão, fruto de uma constante busca da superação e do irrepetível, enveredando por actuações que chegam a ser inimagináveis e até inimitáveis. Os que estiveram presentes no Teatro Sá da Bandeira, no Porto, na final de 2003 do Festival Termómetro Unplugged, onde viriam a consagrar-se vencedores, tiveram uma amostra desse seu lado marginal apoiado no efeito surpresa que, com eles, em determinados momentos, ganha um sentido próprio e único. Têm um dom inato para tornar o habitual em algo inesperado. E nem as modificações no seio da banda, com a saída de elementos considerados fulcrais na sua estrutura, alterou ou mesmo sequer beliscou a sua essência. E esta resume-se a uma frase em tom de rótulo: construção de sons baseados no imaginário humano e todas as sensações para as quais este pode despertar. Um carimbo conceptual de diâmetro anormalmente grande mas que define todo o lado estético da música dos Alla Polacca. Perante isto pode-se presumir ou supor que eles são únicos. Mas não. São-no, isso sim, na busca incessante de se reinventarem enquanto banda e manipuladores de sons. A sua ainda curta história é representativa disso. Não existem impossibilidades. Muito menos comodismos. Há, invariavelmente, uma tendência natural para surpreender e deixar uma marca de diferença. Podem até nunca vir a ser devidamente reconhecidos pelo seu talento enquanto por cá andarem mas acabarão, indiscutivelmente, por ter um parágrafo nos compêndios da música portuguesa. E isso pode começar a ganhar contornos de realidade já durante 2007, ano para o qual nos reservam algumas novidades. Não vão apenas entrar em estúdio para gravar um álbum em nome próprio, como regressarão aos concertos. Uma nova mutação com guitarras e bateria. Texto de Jorge Baldaia |
Alla Polacca
Discografia
BL037 We're Metal And Fire In The Pliers Of Time [CD, 2008]
BL011 Why Not You? [Split-2CD, 2003] BL010 Not The White P'? [CDEP, 2003] MP3
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